Empresa saiu do Simples Nacional! E agora?

Rafaela Barbosa • 19 de fevereiro de 2025
Uma mulher está sentada em uma mesa em um escritório com a mão no queixo.

Se sua empresa saiu do Simples Nacional, você pode estar preocupado com as implicações fiscais e financeiras dessa mudança. Essa transição pode significar um aumento considerável nos impostos e novas obrigações acessórias. Mas calma! Vamos apresentar as melhores soluções para lidar com essa situação e minimizar impactos.

O que acontece quando a empresa sai do Simples Nacional?


O Simples Nacional é um regime tributário que unifica e reduz a carga tributária de micro e pequenas empresas. Ao sair desse regime, a empresa geralmente passa para o Lucro Presumido ou Lucro Real, o que pode resultar em um aumento significativo na tributação.


Por exemplo, empresas prestadoras de serviço que pagavam cerca de 6% de impostos no Simples podem ver essa taxa subir para aproximadamente 16,5% no Lucro Presumido. Esse aumento muitas vezes gera preocupação e dúvidas nos empresários.


"Tem muita gente que não pode perder esse CNPJ, seja por contratos de licitação ou outros compromissos empresariais."

O que fazer ao sair do Simples Nacional?


Existem basicamente duas opções principais:


1. Permanecer no Lucro Presumido


Se a empresa não pode ser fechada ou se existe interesse em manter o CNPJ ativo, a recomendação é permanecer no Lucro Presumido pelo menos até o final do ano-calendário vigente. Algumas estratégias podem ser adotadas para reduzir a carga tributária, como a busca por benefícios fiscais em âmbitos federal, estadual e municipal.


"A gente faz um estudo detalhado para cada empresa, verificando se há benefícios fiscais que podem reduzir a tributação."

Além disso, é essencial manter todas as obrigações acessórias em dia, pois a Receita Federal exige uma série de declarações obrigatórias que, se não forem entregues, podem gerar multas.


"Uma DCTF não enviada gera uma multa de R$500, e se acumular, pode virar uma bola de neve de débitos."

2. Baixar ou Paralisar a Empresa e Abrir um Novo CNPJ


Caso a empresa não tenha contratos ou vínculos que exijam a manutenção do CNPJ, pode ser interessante paralisar ou baixar o registro e abrir uma nova empresa no Simples Nacional.


"Talvez paralisar seja a melhor solução, porque quando voltar em 2026, você reativa, paga o que precisa e volta para o Simples Nacional."

Se optar pelo fechamento definitivo do CNPJ, é importante lembrar de quitar eventuais dívidas tributárias, pois débitos empresariais podem ser transferidos para o CPF dos sócios.


"Se você não parcelar a dívida antes de dar baixa, ela pode ser transferida para o seu CPF depois."

Qual a melhor escolha?


A decisão entre permanecer no Lucro Presumido ou abrir um novo CNPJ depende do seu tipo de negócio e da sua estratégia tributária. Algumas perguntas que podem ajudar na escolha:


  • Meu CNPJ tem contratos ativos que exigem sua manutenção?
  • Há benefícios fiscais disponíveis para minha atividade no Lucro Presumido?
  • Vale a pena manter a empresa pagando impostos mais altos ou é melhor abrir um novo CNPJ?


Se você está enfrentando essa situação, é essencial buscar orientação contábil especializada.


"Saiu do Simples? Procure um contador de confiança para fazer o levantamento das suas obrigações e evitar problemas futuros."

Conclusão


Se sua empresa saiu do Simples Nacional, não há motivo para desespero. Existem estratégias para minimizar os impactos dessa mudança. O mais importante é agir rapidamente para evitar multas e problemas fiscais. Avalie suas opções, consulte um contador e tome a melhor decisão para o seu negócio.


Caso precise de uma consultoria especializada, entre em contato com um escritório de contabilidade confiável para receber a melhor orientação!


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