Como a Nova Reforma pode impactar sua empresa do Simples Nacional?

Rafaela Barbosa • 10 de abril de 2025
Uma mulher de terno está sentada em uma cadeira de escritório.

A nova reforma tributária está prestes a mudar profundamente o cenário fiscal brasileiro. E se você é empresário e atua no Simples Nacional, é essencial entender como a nova reforma pode impactar sua empresa do Simples Nacional e se preparar desde já para as mudanças que estão por vir.


O que muda com a reforma tributária?


Atualmente, temos diferentes regimes tributários como o Lucro Presumido, Lucro Real e o Simples Nacional. Com a reforma, esse modelo será substituído por um regime unificado de arrecadação. De acordo com o especialista Carlos Alberto, Responde, “deixaremos de ter o Lucro Presumido, deixaremos de ter o Lucro Real, para termos apenas o Regime Unificado”.


Segundo o governo, o Simples Nacional continuará existindo, e aparentemente, "intocável do ponto de vista operacional", mas a verdade é que alguns impactos diretos e indiretos podem afetar profundamente a realidade das empresas que estão nesse regime.


Pequenas empresas podem ser afetadas mesmo sem mudanças diretas



Hoje, empresas do Simples com faturamento até R$ 3,6 milhões não precisam se preocupar com a apuração de crédito e débito de tributos, o que facilita a gestão tributária. Porém, aquelas que faturam entre R$ 3,6 milhões e R$ 4,8 milhões já recolhem ISS ou ICMS de forma segregada, o que torna tudo mais complexo.


Carlos Alberto destaca que, neste novo cenário, “a coisa já se complica um pouco mais porque ela vai ter que ter controle de apuração quando a gente falar de ICMS de crédito e débito”.


Ou seja, mesmo empresas do Simples podem precisar adotar controles mais rígidos, especialmente aquelas que vendem para outras empresas.

O impacto no relacionamento B2B


Um dos pontos mais críticos da reforma é o impacto nas vendas entre empresas (B2B). Isso porque, no novo regime, tudo o que é contratado ou comprado por uma empresa gera crédito tributário. No entanto, quando a empresa contratada é do Simples Nacional, esse crédito é mínimo.


Carlos explica: “quando o empresário do Simples Nacional tá pagando ali 10%, ele vai gerar ínfimos valores para a empresa que toma o seu crédito”. Isso pode levar grandes empresas a deixarem de contratar fornecedores do Simples, ou até pressioná-los a migrarem para outro regime mais vantajoso do ponto de vista fiscal.


E o que fazer diante disso?


Se você vende produtos ou presta serviços para outras empresas, é hora de repensar sua estrutura tributária. Avalie o comportamento dos seus clientes e da sua cadeia de fornecimento, pois isso impactará diretamente a formação de preços e sua competitividade no mercado.


Carlos alerta: “você precisa realmente observar o comportamento que você já pode adotar, porque isso certamente impactará na sua formação de preço”.


Além disso, a fiscalização e o controle sobre notas fiscais será cada vez mais rígido, tornando a sonegação praticamente impossível. “Do mesmo jeito que você não pode mais comprar sem nota, os teus fornecedores também não irão querer mais serviços sem nota”, afirma.


Conclusão


Como a nova reforma pode impactar sua empresa do Simples Nacional? Em resumo: mesmo que o regime continue existindo, o ambiente de negócios vai mudar — e muito. Mudanças comportamentais, maior exigência de controle fiscal, revisão de estratégias comerciais e de precificação serão inevitáveis.


A dica é clara: se prepare agora. Avalie seus clientes, revise seus processos e esteja pronto para se adaptar. A sobrevivência do seu negócio pode depender disso.

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